quinta-feira, 2 de agosto de 2012

OS anos 80...

OS ANOS 80


A década de 1980 foi um período bastante marcante para a história do século XX segundo o ponto de vista dos acontecimentos políticos e sociais: é eventualmente

considerada como o fim da idade industrial e início da idade da informação, sendo chamada por muitos como a década perdida para a América Latina.

- MUSICA
No rock, o punk se renova, mais acelerado e intenso (como no hardcore).
Já o hard rock também recebe novas influências, com batidas mais fortes e sons de guitarras mais pesados, o que trouxe ao público um dos gêneros musicais mais

populares da década: o heavy metal, que, na sequencia, também gerou inúmeras vertentes ainda mais rápidas e pesadas, como o thrash metal, speed metal e o black metal.

Alguns exemplos que se consagram na década neste gênero do rock foram as bandas Iron Maiden, Helloween e Manowar, na versão clássica do heavy metal; e os grupos

Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax, no thrash metal. Conservando as raízes do hard rock, também merecem destaque os longos períodos de sucesso que tiveram as bandas

Van Halen, AC/DC, Whitesnake e Scorpions no decorrer dos anos 80.
Outras inúmeras bandas de rock e pop surgiram nos anos 80: Dire Straits, A-ha, Supertramp, U2, The Smiths, Duran Duran. Algumas, surgidas em meados dos anos 70, só se

consolidaram na década de 80; no Brasil, RPM, Ultraje a Rigor, Titãs, Legião Urbana, 14 bis, Barão Vermelho, Kid Abelha, Ira! entre outras.
Os anos 80 são conhecidos também como a década da música eletrônica. Nesta época, o New Wave e o Synthpop se tornam os gêneros musicais mais vendáveis e populares,

assim como toda a estrutura da Dance Music. Surge a MTV e o hip hop; advento da música eletrônica nas pistas de dança e as primeiras raves. No underground é criado o

rótulo "música industrial" para bandas eletrônicas mais experimentais e obscuras, além de diversas bandas de rock de garagem que dariam origem ao grunge na década de

1990. Foi nos anos 80 que surgiu a vertente da música que mais originou variantes, a House music. Inspirada em experimentações sobre batidos dos anos 70,

principalmente a disco music, teve como principais representante: Bomb the bass, S'express, gino latino, coldcut, entre outros. Em 83 surgiu no underground a sub-

cultura gótica (Ver artigo: Gótico (estilo de vida)) na Inglaterra, denominada incialmente como "Dark" no Brasil sendo esta derivada do gênero Pós-punk.
No Brasil foi lançado o primeiro Rock in Rio (1985). É inaugurado o Sambódromo na cidade do Rio de Janeiro em 1984. Consolidavam-se o estilo musical da MPB, ou música

popular brasileira (surgido na segunda metade da década de 60), e as bandas de música pop e de rock and roll, como Legião Urbana, Ultraje a rigor, Engenheiros do

Hawaii, Titãs, RPM, Claudio Zoli (com a banda Brylho e Solo). A MPB consagrou a posição de destaque das vozes femininas na música brasileira [1] [2]; entre os

fenômenos individuais destacam-se Elba Ramalho, Simone [3] [4] [5], Marina Lima, Maria Bethânia, Zizi Possi, Fafá de Belém, Elis Regina Gal Costa, Rita Lee, Rosana e

Joanna. Dentre as vozes masculinas, Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Tom Jobim Guilherme Arantes, Flávio Venturini, Ivan Lins e Gilberto Gil.
Dentre os artistas internacionais mais carismáticos, destacam-se Michael Jackson, com o álbum Thriller, o mais vendido da história, e que também inventou o videoclipe

moderno; a contraparte feminina, Madonna e Cyndi Lauper, um dos principais ícones fashion de todos os tempos; Tina Turner voltou ao mundo da música lançando um novo

álbum, Private Dancer, mega sucesso, além de apresentações eletrizantes ao redor do mundo. Outros cantores que se destacam nessa década são Kylie Minogue, Janet

Jackson, George Michael, Boy George, Lionel Richie, David Bowie, Whitney Houston, Paula Abdul, Prince, Billy Idol, Bruce Springsteen, Laura Branigan, Roxette entre

outros.

- CINEMA

O cinema da década de 1980 se caracteriza pela produtividade do cinema estadunidense, além de aparecerem muitas produções de alto nível em países como Argentina, que

venceu seu primeiro Óscar de Melhor Filme Estrangeiro por La Historia Oficial (A História Oficial, 1985); Brasil, onde Hector Babenco iniciou uma revolução com seu

Pixote - A Lei do Mais Fraco (1981); e Japão, quando o anime Akira (Akira, 1988) impressionou pelo enredo e estilo violento.
O tema violência se torna a regra dos grandes diretores. Martin Scorsese inova com Touro Indomável, enquanto que Stephen Frears causa espanto na platéia com o

indecente Ligações Perigosas, que apresenta Glenn Close no auge de sua maestria e talento.
Transformando as inscrições Carpe Diem em hino da juventude, Robin Williams encanta a todos com Dead Poets Society (Sociedade dos Poetas Mortos, 1989).
O diretor Oliver Stone reabre os arquivos da Guerra do Vietnã com Platoon (Platoon, 1986). A mesma guerra também é assunto para Stanley Kubrick em Full Metal Jacket

(Nascido Para Matar, 1987).
A comédia adolescente Ferris Bueller's Day Off (br: Curtindo a vida adoidado – pt: O rei dos gazeteiros), entretanto, para o crítico Marcelo Janot, foi o que "virou

cult e símbolo do cinema dos anos 80”

1980: Muitos críticos estabeleceram o filme Raging Bull (no Brasil, Touro Indomável), do diretor ítalo-estadunidense Martin Scorsese como o marco inicial do estilo de

fazer cinema que seria agregado pela grande maioria dos cineastas no decorrer desta década.
No mesmo ano, seriam lançados outros grandes filmes, a exemplo de The Elephant Man (O Homem-Elefante), com o estilo preto-e-branco de David Lynch e Ordinary People

(Gente como a Gente), que deu a Robert Redford os Oscares de Melhor Filme e Direção.
Roman Polanski marca presença no início da década com seu aclamado Tess, e Brooke Shields se torna uma diva do cinema com The Blue Lagoon (A Lagoa Azul).
Outros títulos importantes são: Star Wars Episode V - The Empire Strikes Back (O Império Contra-ataca); Superman II (Superman II - A Aventura Continua);Kagemusha

(Kagemusha - A Sombra do Samurai), de Akira Kurosawa, e Coal Miner's Daughter (O Destino Mudou Sua Vida), que premiou Sissy Spacek como Melhor Atriz de 1981.

1981: O ano é marcado por Katharine Hepburn em On Golden Pond (Num Lago Dourado), que lhe rendeu mais um Oscar e também premiou Henry Fonda. O clássico tinha ainda

Jane Fonda contracenando com seu pai na vida real.
Warren Beatty torna-se um astro ao dirigir Reds, com Jack Nicholson e Diane Keaton no elenco.
Hugh Hudson surpreende com Chariots of Fire (Carruagens de Fogo) e leva para casa o Oscar 1982 de Melhor Filme.
Outro destaque é Milos Forman, com Ragtime (Na Época do Ragtime), marcando a despedida do astro James Cagney do cinema.
O diretor Steven Spielberg concretiza a "infantilização" do cinema estadunidense ao lançar o personagem Indiana Jones em parceria com George Lucas, no filme Raiders of

the Lost Ark (Os Caçadores da Arca Perdida), com Harrison Ford.
No Brasil, Pixote - A Lei do Mais Fraco incomoda a sociedade ao mostrar a realidade nua e crua das ruas do país.

1982: Uma cinebiografia contagia a crítica especializada, e Ben Kingsley imortaliza a imagem de Gandhi na telona.
Steven Spielberg continua sua saga em Hollywood e apresenta um filme que marcará a infância das próximas gerações: E.T. the Extra-Terrestrial (E.T. - O Extra-

terrestre), com cenas antológicas como a da bicicleta que voa sob a imagem da lua cheia. E também o filme 1999. Que em 2011 estreiará em 3D, onde um grupo de

adolescentes pegam uma máquina do tempo que iria para o ano de 1999 mas depois acabam indo para o ano de 1947.
O ano é também de Dustin Hoffman na comédia Tootsie, filme de Sydney Pollack que deu a Jessica Lange o Oscar de Atriz Coadjuvante.
Os astros do passado fazem sucesso, com Jack Lemmon, Paul Newman e Peter O'Toole estrelando Missing (Desaparecido, um Grande Mistério), The Verdict (O Veredito) e My

Favorite Year (Um Cara Muito Baratinado), respectivamente.
A musa Julie Andrews volta à cena com o musical Victor/Victoria (Vitor ou Vitória?), dirigido pela marido Blake Edwards.
A ficção científica nunca mais será a mesma depois do cult Blade Runner (Blade Runner - O Caçador de Andróides), de Ridley Scott, que, apesar do fracasso no

lançamento, tornou-se um sucesso alguns anos depois.
Os estúdios Disney inovam na tecnologia eletrônica com Tron.

1983: Brian De Palma sempre esteve à frente de seu tempo. É um diretor visionário, de vanguarda, um legítimo sucessor de Howard Hawks. E a prova disso vem com a

estréia do polêmico (para não dizer mais) Scarface (Scarface ou A Força do Poder), com Al Pacino em seu mais impactante papel.
Em se tratando de cinema mais acessível, James L. Brooks entrega o clássico Terms of Endearment (Laços de Ternura), que premia Jack Nicholson e Shirley MacLaine no

Oscar.
Glenn Close é uma agradável surpresa em The Big Chill, de Lawrence Kasdan.
Peter Yates dirige Albert Finney em The Dresser (O Fiel Camareiro). Finney é laureado com o Urso de Prata em Berlim.
O sueco Ingmar Bergman tem mais uma obra-prima reconhecida, Fanny och Alexander (Fanny & Alexandre). A versão do diretor tem incríveis 312 minutos.
The Right Stuff (Os Eleitos) mostra todo o talento de Philip Kaufman.
Mel Gibson faz parceria com Linda Hunt caracterizada como homem em The Year of Living Dangerously (O Ano que Vivemos em Perigo), mais um primor de Peter Weir.
O casal Woody Allen e Mia Farrow estão na comédia Zelig.
Star Wars Episode VI - Return of the Jedi o último episódio da fantástica saga.

1984: A vida de Wolfgang Amadeus Mozart é o tema de mais um grande filme de Milos Forman. Amadeus ganha nada menos que oito Oscares e mostra a dupla F. Murray Abraham

e Tom Hulce encarnando uma história de ódio e morte.
O mestre David Lean, responsável, entre outros, por Lawrence of Arabia (Lawrence da Arábia) dirige seu último filme, A Passage to India (Passagem para a Índia),

abordando de forma diferente o que já havia sido mote para o Gandhi de 1982.
Os dramas de The Killing Fields (Os Gritos do Silêncio), de Roland Joffé, e Places in the Heart (Um Lugar no Coração), de Robert Benton, também são unanimidade na

crítica especializada e levam estatuetas.
Woody Allen repete o sucesso do ano anterior, agora com Broadway Danny Rose.
O cinema juvenil ganha um legítimo representante, Karate Kid (Karatê Kid - A Hora da Verdade), com Pat Morita.
Tom Hanks chama a atenção pela primeira vez, com Splash (Splash - Uma Sereia em Minha Vida).
Steven Spielberg e Harrison Ford fazem o segundo Indiana Jones, um êxito semelhante ao do primeiro.

1985: A parceria de Steven Spielberg com Whoopi Goldberg resulta em um drama completamente adulto, algo inédito até então na carreira do diretor. The Color Purple (A

Cor Púrpura) é um doloroso exercício de solidão, tristeza e paixão.
Peter Weir se une a Harrison Ford e alcança a glória com Witness (A Testemunha).
Os diretores internacionais Akira Kurosawa e Hector Babenco são indicados ao Oscar por Ran e Kiss of the Spider Woman (O Beijo da Mulher-aranha), respectivamente.
Sydney Pollack conquista a Academia com Out of Africa (Entre Dois Amores), que transforma Meryl Streep e Robert Redford em ícone dos casais românticos.
A despretensiosa ficção científica Cocoon, de Ron Howard é estrelada por atores já idosos, caso de Don Ameche (ganhador do Oscar de Ator Coadjuvante) e Jessica Tandy,

que voltava definitivamente à ativa.
O gênero ficção científica também faz sucesso com Back to the Future (De Volta Para o Futuro) e Brazil (Brazil - O Filme).
Woody Allen marca presença com The Purple Rose of Cairo (A Rosa Púrpura do Cairo) e a Argentina ganha Oscar com La Historia Oficial.

1986: A guerra do Vietnã continua sendo matéria-prima para os cineastas. Após Francis Ford Coppola filmar Apocalypse Now, é Oliver Stone que constrói um trágico

retrato dos horrores do conflito em Platoon, que arrasa nas bilheterias.
É também o reconhecimento definitivo de Woody Allen que, com Hannah and Her Sisters (Hannah e Suas Irmãs), conquista o prêmio de Melhor Roteiro Original e o Globo de

Ouro de Melhor Filme.
David Lynch torna-se cult com Blue Velvet (Veludo Azul), que transforma Isabella Rossellini em diva do cinema.
O acadêmico James Ivory adapta mais uma vez um livro de E. M. Forster, que resulta em A Room with a View (Uma Janela para o Amor).
Martin Scorsese dirige Paul Newman e Tom Cruise em The Color of Money (A Cor do Dinheiro). Francis Ford Coppola dirige Peggy Sue Got Married (Peggy Sue - Seu Passado a

Espera), com Nicolas Cage, Kathleen Turner e Jim Carrey em início de carreira.
Sigourney Weaver retoma sua personagem em Aliens (Aliens - O Resgate) e Rob Reiner comove ao adaptar a mais sensível história de Stephen King, Stand by Me (Conta

Comigo), com River Phoenix.
O psicopata Hannibal Lecter é levado pela primeira vez ao cinema na pele do ator Brian Cox, no ótimo Manhunter (Dragão Vermelho).
Ferris Bueller's Day Off, de John Hughes, é um clássico das comédias adolescentes[2], um filme "definitivo e insuperável no estilo".

1987: Glenn Close e Michael Douglas filmam cenas antológicas no banheiro em Fatal Attraction (Atração Fatal), de Adrian Lyne.
O diretor italiano Bernardo Bertolucci, de O Último Tango em Paris, ganha nove Oscares ao transpor para as telas a saga do omperador chinês que, ainda adolescente,

entra em conflito com comunistas e tem que reaprender a viver. The Last Emperor (O Último Imperador) tem no elenco predominantemente chinês o ator Peter O'Toole.
James L. Brooks retoma parceria com Jack Nicholson na comédia Broadcast News (Nos Bastidores da Notícia), que retrata o cotidiano do meio jornalístico.
Oliver Stone decepciona com Wall Street (Wall Street - Poder e Cobiça), que dá o Oscar a Michael Douglas.
Hector Babenco dirige Meryl Streep e Jack Nicholson em Ironweed.
Enquanto Stanley Kubrick entrega o clássico Full Metal Jacket (Nascido Para Matar), Steven Spielberg cresce como diretor de dramas, com Empire of the Sun (Império do

Sol).
Brian de Palma mostra sua genialidade com The Untouchables (Os Intocáveis).
O cinema de entretenimento arrecada milhões com Robocop (Robocop - O Policial do Futuro), The Witches of Eastwick (As Bruxas de Eastwick) e Lethal Weapon (Máquina

Mortífera).
O gênero musical tem seu último representante dos anos 80 em Dirty Dancing (Ritmo Quente).

1988: O público dificilmente irá se esquecer das feições hipócritas de Glenn Close em Dangerous Liaisons (Ligações Perigosas), adaptação de Stephen Frears que trazia

um trio invejável completado por John Malkovich e Michelle Pfeiffer.
A luta entre brancos e negros é o tema principal de Mississippi Burning (Mississipi em Chamas), filme forte de Alan Parker. A dupla do FBI era interpretada por Gene

Hackman e Willem Dafoe.
O autismo é discutido abertamente em Rain Man, protagonizado por Tom Cruise e Dustin Hoffman. Além de vencer o Oscar, ganha o Urso de Ouro no Festival de Berlim.
A Igreja Católica protesta contra Martin Scorsese e The Last Temptation of Christ (A Última Tentação de Cristo). Atentados terroristas ocorrem em algumas salas de

cinema por causa do conteúdo lascivo do filme.
Robert Zemeckis inova ao misturar gente de verdade com animação, em Who Framed Roger Rabbit? (Uma Cilada para Roger Rabbit), ganhador de três estatuetas técnicas.
River Phoenix prova que foi um grande ator, apesar do pouco tempo, com sua indicação como coadjuvante de Running on Empty (O Peso de um Passado).
Mike Nichols, de Quem Tem Medo de Virginia Woolf? de 1966, dirige uma penca de astros como Harrison Ford, Melanie Griffith, Sigourney Weaver e Alec Baldwin) na comédia

Working Girl (Uma Secretária de Futuro).
Antes de ganhar o Oscar, Jonathan Demme inova com a comédia satírica Married to the Mob (De Caso Com a Máfia).

1989: Steven Soderbergh surpreende em sua estréia e vence o Festival de Cannes com um história de traição, Sex, Lies and Videotape (Sexo, Mentiras e Videotape).
Robin Williams emociona no filme de Peter Weir, Dead Poets Society (Sociedade dos Poetas Mortos).
Oliver Stone se redime com a obra-prima Born on the Fourth of July (Nascido em 4 de Julho), no qual Tom Cruise questiona a guerra do Vietnã.
O delicado drama Driving Miss Daisy (Conduzindo Miss Daisy) combate o preconceito e mostra como é possível a amizade entre brancos e negros. A atriz Jessica Tandy

ganha o Oscar aos 80 anos.
Interpretando um deficiente mental em My Left Foot (Meu Pé Esquerdo), Daniel Day-Lewis também ganha o prêmio.
Michelle Pfeiffer canta sobre um piano em The Fabulous Baker Boys (Susie e os Baker Boys).
Spike Lee combate o racismo nos EUA em Do the Right Thing (Faça a Coisa Certa).
Nas bilheterias, os sucessos do terceiro Indiana Jones; de James Cameron, com The Abyss, e Tim Burton com o primeiro Batman.